Projeto Sucuriú começa oficialmente: Arauco lança a pedra fundamental de sua planta no Brasil
[:es]Corporativo[:en]Corporate[:pb]Corporativo[:]O Presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin, liderou a comitiva de autoridades brasileiras presentes neste marco que representa o maior investimento da história da empresa chilena.
Na cidade de Inocência, Brasil, a Arauco realizou nesta quarta-feira a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Projeto Sucuriú, marcando oficialmente o início das obras de sua primeira planta de celulose no país. Com um investimento de US$ 4,6 bilhões, a nova planta — a maior do mundo construída em uma única etapa — terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano, e sua operação está prevista para o final de 2027. O evento contou com a presença de diversas autoridades, como o Presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin, além de representantes dos governos federal, estadual e municipal.
“Somos uma empresa com vocação global, que utiliza um recurso renovável essencial para os desafios do planeta. Além de gerar valor econômico, acreditamos que nosso desenvolvimento deve ser guiado pelo respeito à natureza e ao bem-estar das pessoas e comunidades. Por isso, estamos promovendo um ambiente seguro, inclusivo e colaborativo, garantindo que este Projeto gere uma transformação positiva para Mato Grosso do Sul”, afirmou o CEO da Arauco, Cristián Infante.
Por sua vez, Geraldo Alckmin destacou o grande investimento da empresa chilena no Brasil, abrindo espaço para uma colaboração estreita entre seu governo e a Arauco. Ressaltou ainda o impacto do projeto na região, com a geração de empregos e diversos benefícios para a economia local. Além do Presidente em exercício, participaram da cerimônia o Governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; a Ministra do Planejamento, Simone Tebet; o Prefeito de Inocência, Antônio Ângelo; a Senadora Tereza Cristina; e o Embaixador do Chile no Brasil, Sebastián Depolo, entre outros.
Com a construção da nova planta — o maior investimento da história da Arauco — a empresa fortalece sua presença no Brasil e reforça sua posição de liderança no mercado global de celulose. Além de impulsionar a geração de empregos e renda, o Projeto Sucuriú contribuirá para o aumento da arrecadação de tributos e para a atração de novos investimentos, consolidando Mato Grosso do Sul como referência global no setor de celulose.
Nesse sentido, um dos principais pilares neste período tem sido o relacionamento comunitário. Desde sua chegada à cidade em 2022, a Arauco mantém um diálogo contínuo com a população local, promovendo encontros abertos de escuta ativa com os moradores de Inocência e arredores, apresentando a evolução do Projeto e conhecendo suas expectativas em relação ao futuro. No Mato Grosso do Sul, a empresa atua desde 2009 com suas atividades florestais.
“O diálogo permanente com a comunidade e a colaboração com todas as autoridades são a forma como concretizamos nosso vínculo e compromisso com esta região e seu povo. Porque um Projeto grandioso como o Sucuriú tem a responsabilidade de deixar, com igual grandeza, um legado no presente e para as futuras gerações. É fundamental valorizar a origem e respeitar a história, abraçando esta comunidade e todo o seu entorno”, disse Carlos Altimiras, gerente da Arauco no Brasil.
A iniciativa contempla uma área total de 3.500 hectares, com mais de 4.800.000 m² de área construída, onde serão instaladas as principais estruturas da planta, incluindo os setores de preparação de madeira, cozimento, branqueamento, secagem, recuperação química e geração de energia, entre outras instalações. Durante as obras, serão gerados mais de 14 mil empregos diretos. E, uma vez em operação, o projeto empregará cerca de 6 mil pessoas nas áreas industrial, florestal e logística.
Mais sobre o Projeto
No Projeto Sucuriú, o cuidado com a biodiversidade orienta todas as etapas, desde a construção até a operação, com ações que priorizam o manejo sustentável dos florestas, além do monitoramento contínuo da fauna e flora, identificando espécies nativas e mapeando áreas prioritárias para conservação.
A Arauco trabalha de forma contínua com um Plano de Gestão e Monitoramento Ambiental focado na qualidade e controle do consumo de água, efluentes sanitários, resíduos sólidos, ruídos e vibrações ambientais, controle de poeira, entre outros aspectos. No total, são 24 programas que reúnem iniciativas para minimizar os impactos ambientais da construção, incluindo o Plano Básico Ambiental (PBA), exigido pela legislação brasileira como parte do processo de licenciamento, com ações de mitigação ambiental e social, como recuperação, monitoramento e gestão de resíduos.
Com diretrizes ambientais rigorosas para a preservação dos recursos naturais, o Projeto Sucuriú tem como um de seus pilares a eficiência hídrica: o consumo será de 26 m³ de água por tonelada de celulose produzida, um dos índices mais baixos do setor, com 100% dos efluentes tratados. Cerca de 90% do volume de água captada será devolvido ao seu curso após o processo operacional.
Para o reuso da água pluvial, a empresa está construindo uma Central de Tratamento e Valorização de Resíduos que transformará os materiais resultantes em produtos úteis, priorizando que nada seja destinado a aterros e fortalecendo o conceito de economia circular. Nesse processo serão produzidos composto orgânico para o solo, feito com resíduos orgânicos, e corretivo de acidez do solo, a partir de inorgânicos provenientes do processo de celulose. O lodo primário e secundário gerado na estação de tratamento de efluentes (ETE) será queimado na Caldeira de Força para geração de energia renovável, e seu transporte será feito por correias transportadoras para reduzir a emissão de poluentes.
A nova planta será autossuficiente na geração de energia renovável. A Caldeira de Recuperação, a maior do mundo no setor de papel e celulose, utilizará subprodutos do cozimento da madeira para gerar eletricidade, enquanto a Caldeira de Biomassa aproveitará resíduos do processo produtivo com a mesma finalidade. A planta contará ainda com uma Unidade de Gaseificação que permitirá a produção de biocombustível renovável, reduzindo significativamente a dependência de combustíveis fósseis.
Serão mais de 400 megawatts (MW) de capacidade de geração de energia, dos quais 200 MW serão destinados ao consumo interno; o excedente será suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes, reforçando o compromisso da Arauco com a transição energética e a descarbonização.
Sobre a Arauco Brasil
Presente no país desde 2002, a Arauco atua nos setores Florestal e de Madeira com o propósito de contribuir, a partir de recursos renováveis, com as pessoas e o planeta. Emprega mais de 3.000 colaboradores diretos e possui cinco unidades industriais no Brasil.
Suas fábricas estão distribuídas da seguinte forma: produção de painéis em três unidades localizadas nas cidades de Jaguariaíva (PR), Ponta Grossa (PR) e Montenegro (RS); painéis e molduras na planta de Piên (PR); e resinas e produtos químicos na unidade de Araucária (PR). Em 2027, prepara-se para inaugurar sua primeira planta de celulose branqueada em Inocência (MS).
Com uma operação guiada por práticas ESG, a Arauco possui a certificação FSC (Forest Stewardship Council) em suas florestas, que reconhece uma gestão ambientalmente responsável, socialmente justa e economicamente viável. A empresa também foi a primeira do mundo a receber a certificação de Carbono Neutro em 2020, emitida pela Deloitte e auditada pela Price Waterhouse. Em nível global e no Brasil, opera com foco na gestão responsável da água, conservação da biodiversidade e redução do dióxido de carbono na atmosfera.