ARAUCO participa do desenvolvimento do primeiro edifício carbono neutro da América Latina

Corporativo
Publicado el 24-01-2024
  •  Burgos Net Zero é o nome do projeto da imobiliária, construtora e equipe de design Taller Tecton, que procura posicionar-se como o primeiro em ser neutro tanto nas emissões de carbono como no consumo de energia.
  • A madeira utilizada na construção provém de bosques da empresa ARAUCO.

Em um cenário complexo de mudanças climáticas, no qual o Chile é altamente vulnerável, surge a necessidade de descarbonizar a forma como construímos as nossas cidades, uma indústria que hoje representa cerca de 40% das emissões mundiais de CO2. Nesse contexto, a madeira surge como o material para construir um futuro sustentável e amigável com o meio ambiente. Este material nos permite desenvolver todo o tipo de projetos com a mesma qualidade, resistência e segurança do concreto armado, mas com reduzido impacto ambiental, baixa pegada de carbono e menores externalidades para as comunidades que estão ao redor de uma obra.

Essa é a explicação do subgerente de Construção em Madeira da ARAUCO, Fernando Marcone, que lidera a equipe criada para promover o uso da madeira na construção. Os esforços da equipe estão focados em divulgar os benefícios da madeira como material de construção, apoiar arquitetos e engenheiros no desenvolvimento dos seus projetos, e na importação de boas práticas de arquitetura, engenharia, montagem e logística, com o objetivo de promover a construção industrializada com madeira no Chile.

Ele diz que não tem sido uma tarefa fácil, mas tem trazido bons resultados. Durante 2023 conseguiram “amadeirar” diversos projetos deste tipo e ajudaram no seu desenvolvimento. Assim foi anunciada a construção do primeiro edifício carbono neutro da América Latina, desenvolvido com o apoio da equipe Hilam e construído com madeira laminada cuja matéria-prima provém dos bosques da companhia.

Trata-se do projeto Burgos Net Zero, o primeiro edifício Net Zero Energy e Net Zero Carbon da América Latina. Isso significa que, através de uma série de medidas de eficiência energética e geração renovável in-situ, é possível abastecer completamente a energia consumida pelo edifício, o que, juntamente com a incorporação de madeira no edifício, compensa o CO2 emitido durante a sua construção, tornardo o edifício neutro em termos de emissões de carbono.

Ao longo da sua vida, as árvores são as encarregadas de capturar o Carbono (C) do CO2 e devolver o O2 à atmosfera, limpando assim o ar. Esse carbono fica “preso” na madeira, celulose ou qualquer derivado das árvores. Em termos gerais, 50% da madeira é carbono retido, fato pelo qual, ao incorporar madeira nos edifícios nos permite guardar o principal responsável pelas mudanças climáticas na estrutura dos nossos edifícios. Isso significa que a pegada de carbono por metro quadrado construído em madeira é negativa, o que significa que o carbono está sendo removido da atmosfera e ajuda a reduzir consideravelmente as emissões de gases de efeito de estufa no setor da construção.

Porém, para que isso seja sustentável ao longo do tempo, o abastecimento do recurso também deve sê-lo, e isso significa um manejo responsável dos bosques, ou seja, a tala de árvores no seu estado maduro e finalizar o ciclo com a seu reflorestamento.

Marcone diz que já estão trabalhando e fornecendo madeira para mais dois edifícios da Oficina Tecton, também concebidos com a mesma visão de urbanização sustentável e de qualidade, que, assim como o Burgos Net Zero, considera o uso deste recurso renovável como seu principal material. “O Chile é uma potência florestal e a ARAUCO uma das principais empresas do setor no mundo, por isso, sem dúvida, temos um papel fundamental a desempenhar na aceleração da transição da construção para uma mais sustentável e de qualidade” e encerra dizendo que espera que estes edifícios demonstrem que é economicamente viável construir de forma sustentável e que estes exemplos desencadeiem vários projetos com a mesma visão de fazer uma cidade.

Outro benefício de construir com madeira e de forma industrializada não é percebido apenas pelas construtoras, imobiliárias ou designers, mas também pelas comunidades que estão ao redor dos lugares de construção, já que essa forma de construir tem uma lógica de unir elementos na obra e, dessa forma, torná-las menos barulhentas. Além disso, geram menor quantidade de resíduos, necessitam de menos caminhões e pode-se até pensar em obras que tenham menor duração. Desta forma, completa-se uma fórmula para obter obras com menor impacto sobre seu entorno de forma imediata.

Ciente do exposto, a ARAUCO promove a construção em madeira há mais de 20 anos e um claro exemplo disso é a HILAM, uma nova unidade de negócio da companhia que se dedica à produção, desenvolvimento e comercialização de produtos de engenharia à base de madeira, com o objetivo de fazer desta tendência uma realidade no nosso país e na região.

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